A redução da taxa de desemprego do Brasil foi acompanhada por quedas consideradas significativas do indicador em sete estados na passagem do segundo para o terceiro trimestre, apontou nesta sexta (22) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nas outras 20 unidades da Federação, a taxa permaneceu relativamente estável, disse o IBGE. Ou seja, não houve variações significativas, com o indicador ficando dentro da margem de erro da pesquisa.
Na média nacional, a desocupação recuou a 6,4% no período de julho a setembro, após marcar 6,9% nos três meses anteriores. O resultado do país já havia sido divulgado pelo IBGE em 31 de outubro, e os dados estaduais foram detalhados nesta sexta.
A taxa de 6,4%, registrada no Brasil, é a menor para o terceiro trimestre na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. A Pnad abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.
Quando a análise considera os diferentes trimestres da série, uma taxa menor do que 6,4% só foi registrada nos três meses até dezembro de 2013: 6,3%.
De acordo com analistas, a economia mais aquecida do que as previsões indicavam para este ano ajuda a entender os resultados positivos do mercado de trabalho.
Há quem projete taxa de desocupação abaixo da mínima histórica de 6,3% até o fim de 2024, já que o período de final de ano costuma estimular a geração de empregos em setores como o comércio.
Analistas mencionam que o desempenho do mercado de trabalho tende a favorecer o consumo de bens e serviços, o que é positivo para o crescimento econômico.
A demanda em alta de maneira contínua, por outro lado, desafia a trégua da inflação, já que pode pressionar os preços.
Leonardo Vieceli/Folhapress