O SITICCAN, repudia com veemência, os ataques que o Sindicato Único Nacional dos Trabalhadores da Construção e Similares (SUNTRACS), vem enfrentando no Panamá, algo sem precedentes na história do movimento sindical, especialmente no que se refere aos direitos de liberdade de associação e representação de seus membros. Ocorre que o SUNTRACS, está em greve ao lado de professores e professoras e trabalhadores e trabalhadoras do setor da banana, defendendo as aposentadorias, o meio ambiente e as condições de trabalho. Em resposta, os companheiros e companheiras do SUNTRACS, enfrentam uma verdadeira onda de repressão. Os sindicalistas estão sendo criminalizados, as sedes sindicais e escritórios sendo invadidos. Ações desse tipo, ameaçam não apenas um sindicato, mas o estado democrático de direito, bem como a liberdade de expressão dos trabalhadores e trabalhadoras. O diretor do SITICCAN, Antônio Raimundo (Loteba), ressaltou que quadro é tão grave que no último dia 21, agentes do governo realizaram uma batida violenta na sede do SUNTRACS. “O governo também anunciou mandados de prisão para membros da diretoria do SUNTRACS”, lamentou Loteba. Esses incidentes ocorrem paralelamente a uma série de prisões arbitrárias de líderes sindicais, numa escalada estarrecedora de repressão e autoritarismo por parte do governo daquele país. Ao invés de por meio do diálogo o govenro do Panamá, buscar encontrar uma solução para o conflito, as autoridades panamenhas vão na contramão e optam pela perseguição, pela criminalização dos protestos e pelo uso da força contra o movimento sindical. O ataque às instalações do sindicato e a prisão de seus líderes, rompem os princípios fundamentais da liberdade de associação, do direito à manifestação pacífica e da democracia, constantes na Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Diante da gravidade da situação o SITICCAN apela pelo fim imediato de todas as ações truculentas contra o SUNTRACS e manifesta o seu amplo e irrestrito apoio ao sindicalistas panamenhos. O SITICCAN, defende o diálogo e, sobretudo, o direito do SUNTRACS de continuar representando os trabalhadores e trabalhadoras daquela nação.
