
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, solicitou que as empresas dediquem maior atenção às questões de saúde mental dos trabalhadores, nesta terça-feira (11).
Ele classificou o elevado número de afastamentos do trabalho por problemas de saúde mental como “extremamente preocupante” e ressaltou nas redes sociais que “as empresas precisam reavaliar seus métodos e fluxos, além de implementar programas que realmente acolham seus funcionários”.
Dados do Ministério da Previdência Social indicam que, em 2024, foram registrados quase meio milhão de afastamentos – o maior número em pelo menos 10 anos – com base na concessão de benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) devido a Transtornos Mentais e Comportamentais, conforme previsto na CID-10.
O ministério destacou que, em 2020, devido à pandemia, os benefícios foram concedidos de maneira diferenciada, o que impactou as estatísticas. “Por isso, os resultados desse ano devem ser analisados com cautela ou ressalvas”, informou a pasta.
No ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou a atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que define diretrizes sobre saúde no ambiente de trabalho. A atualização tornou obrigatório que as empresas identifiquem e gerenciem os riscos psicossociais, garantindo que o ambiente de trabalho não contribua para o adoecimento mental.
A norma abrange todos os empregadores e empregados, tanto rurais quanto urbanos, além de órgãos públicos, dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.
Para se adequarem à nova NR-1, as empresas podem: realizar palestras e workshops; elaborar campanhas de conscientização; promover webinars, vídeos e artigos on-line; criar canais de denúncia; e oferecer benefícios relacionados a práticas esportivas e atividades de lazer.